O ato de ler está tão enraizado em meu dia-a-dia que não consigo me ver sem as palavras. Não me recordo quando comecei, qual foi o primeiro livro, nem a primeira palavra que escrevi, mas me lembro de uma infância cheia de livros, gibis, revistas e música. O que eu mais gostava de fazer era ler algumas páginas, parar e fechar os olhos imaginando as cenas que tinha lido.Também gostava muito de cantar as músicas que ouvia na casa da minha avó, junto com meu tio. Ele ouvia muita MPB e eu sempre copiava trechos dessas músicas para cantar olhando as palavras. Acredito que toda essa experiência tenha influenciado meu hábito de ler tudo o que vejo pela frente. Hoje tenho meu blog, o “Palavrório”, e lá escrevo sobre poesia, música, sociologia, leitura; enfim, de tudo que faz parte do meu mundo.O ato da leitura e da escrita, na minha cabeça, são palavras “gêmeas”. Elas nasceram juntas e são “univitelinas”.Porque escrever é um ato que não se explica em um dicionário, é algo que deixa transparecer a alma da gente. E ler também.Escrever, soltar palavras em um papel, passar para o concreto tudo de abstrato que existe dentro de nós é a maneira mais singela de materializar os pensamentos.Hoje eu escrevo porque minha alma precisa ser exposta, porque as palavras nascem de um duelo entre o meu "eu-interior" e o que quero que o mundo saiba sobre mim.Palavras são tudo para mim. Com elas eu falo, escrevo, trabalho...vivo!São como borboletas que voam diretamente aos olhares de quem as lê. São como filhos que depois de jogados ao mundo nunca mais serão apenas nossos...!
(Marielli Galheira Uranga)
Que alegria recordar meu primeiro contato com a leitura.Tinha oito anos, estava no segundo ano do grupo escolar (alguns anos atrás), quando minha professora Lurdinha comentou sobre a hitória do livro "João e o pé de feijão", fiquei muito curiosa e ansiosa para ler, pois à escola que estudei não tinha livros para os alunos lerem, tínhamos que comprar. Para minha alegria meus pais compraram e deram de presente. Confesso foi o melhor presente de minha vida. Quando anoiteceu não consegui dormir bem, pois queria no dia seguinte mostrá-lo para minha professora. Durante a leitura do livro uma parte que marcou muito foi quando, João muito ingênuo trocou a vaquinha por grãos de feijões mágicos, que um deles se transformou em um enorme pé de feijão.
Enquanto fazia à leitura do livro, sentia que cada minuto que passava o gosto pela leitura ia crescendo...crescendo...crescendo... como aquele pé de feijão.
Com incentivo de minha professora e meus pais, tenho o hábito de leitura e escrita. Hoje eu digo, que a leitura de um livro é como uma viagem sem sair do lugar.
(Maria Aparecida Gabão Xavier)
O meu primeiro contato com a leitura foi ainda bem pequena, quando minha mãe, apreciadora de histórias e de poesias, lia para mim e minha irmã, histórias de um livro de contos de fadas que ela possuía. Eram histórias longas e por isso eram contadas um pouco por noite antes de dormirmos. Eu me lembro que nós ficávamos fascinadas ao ouvir cada capítulo. Lembro-me também das poesias que ela lia, decorava e recitava para nós . Nesse tempo, com certeza, já comecei a me apaixonar por obras literárias.
Fiz o pré-primário aos cinco anos de idade e, no dia dos professores, recitei a poesia "Minha mestra" para minha professora. Ainda nesse ano, comecei a ser alfabetizada com a cartilha "Caminho Suave". Recordo-me da imensa alegria com que cheguei em casa no dia em que aprendi a ler a primeira lição da cartilha. Daí por diante , não parei mais . Meus pais compravam livros e nos incentivavam à leitura . Nas aulas de português, eu me realizava, lendo aqueles livros coloridos e cheios de histórias. Tive excelentes professoras de português que , além de contribuírem muito para a minha prática leitora e escritora , também me despertaram para a escolha profissional.
(Maria Cristina Siqueira Cavalheiro)
Assim como alguns colegas eu também fui alfabetizada através da ¨Cartilha Caminho Suave", lembro -me que ficava observando as imagens que representavam as letras do alfabeto e achava muito interessante e elas me ajudaram a conhecer as letras. Em casa eu decorava todas as frases que a professora ensinava ou lia para os alunos, mesmo antes de conhecer todo o alfabeto.A minha vontade de aprender a ler era muito grande, pois na época eu já tinha oito anos de idade e por motivo de morar em sítio bem distante da escola, não pude ir para a escola mais cedo.Eu ia para a igreja e ficava observando as pessoas lendo a Bíblia e sentia muita vontade de ler junto com elas.
(Carmelita Alves Ballista)